Capítulo 5 Assuntos de rotina

Ele não estava perfeitamente bem quando tiveram sua desavença? No entanto, várias horas se passaram desde a troca de palavras acalorada.

"Eu..."

"Chega. Vá imediatamente ao quarto de Sebastian e ofereça desculpas a ele. Se ele te dispensar com raiva, não me responsabilize," interveio o Sr. Clark.

Desculpar-se?

"Sr. Clark..."

"Peça desculpas ou enfrente a demissão, a escolha é sua!"

Com um último clique, a ligação foi encerrada.

Brooklyn mordeu o lábio, a frustração fervendo sob sua calma exterior. A tranquilidade era uma mercadoria rara na proximidade de Sebastian.

Enquanto se movia, as enfermeiras se afastavam instintivamente, criando um caminho claro para ela. Toda a sala de plantão ouvira as últimas palavras de George, e ninguém ousava provocar a ira de Brooklyn neste momento. Em vez disso, ofereciam-lhe sorrisos encorajadores.

"Dra. Mitchell, vá sozinha mais tarde, mas seja cautelosa..."

"Dra. Mitchell, nós cuidaremos dos outros pacientes, não se preocupe..."

Enquanto percorria o corredor, seu coração pesava dentro do peito e sua expressão era uma máscara tempestuosa. George havia exigido desculpas, mas ela teria preferido a demissão.

No entanto, um novo pensamento surgiu.

Seu casamento com Sebastian era uma questão precária, à beira da dissolução. Se ela perdesse seu emprego também, ficaria sem seu casamento nem sua carreira.

A mera ideia era constrangedora!

Depois de um momento de contemplação, ela decidiu que não poderia sair.

Com uma nova determinação, Brooklyn empurrou a porta.

Sebastian estava reclinado na cama, absorto em um arquivo entregue por sua secretária. Ele folheava com calma, sua tez em grande parte restaurada.

Ele não parecia um homem sofrendo de febre alta.

Ao entrar de Brooklyn, Sebastian parecia não lhe dar atenção.

Ela ansiava por sua atenção. "Ouvi dizer que você estava com febre," ela afirmou.

Apesar de sua culpa, ela conseguiu discutir assuntos de negócios com confiança e compostura, sem nenhum enfeite desnecessário.

No passado, suas palavras vacilariam, convidando seus retortas sarcásticas. Agora, ela não se importava.

Sebastian não olhou para cima. Ele segurava o papel branco imaculado em seus dedos atraentes, seu olhar fixo nas cláusulas do contrato. "O médico responsável não saberia se o paciente tem febre ou não?" ele retrucou, enfatizando as palavras "médico responsável" em uma zombaria casual.

Ela não se importava; não importava o que fizesse, sempre estava errada.

O olhar de Brooklyn percorreu seus traços bonitos, traços que assombravam seus sonhos e deixavam uma marca indelével em sua memória.

"Parece que você está quase recuperado. Não vou te incomodar então," ela disse, forçando-se a manter o foco. Mesmo na partida, ela manteria sua dignidade e não perderia sua confiança.

Sebastian, ainda na cama, destampou uma caneta e começou a assinar o documento com golpes rápidos e práticos.

Com suas palavras, ele franziu levemente a testa. Ele fechou o arquivo, pegou outro, serviu-se de uma xícara de café e recostou-se no encosto macio, saboreando a bebida.

Sua postura calma e composta perturbou Brooklyn. O que Sebastian estava insinuando?

Antes que suas pernas cedessem, Sebastian terminou seu café. Sua voz, fria e distante, alcançou seus ouvidos. "Você não estava aqui para um check-up de rotina, Dra. Mitchell?"

De volta à realidade, Brooklyn ficou ao lado da cama e pegou o livro de registros médicos. Ela conduziria então um exame de rotina.

"Sua febre diminuiu. Sua temperatura corporal é de 36,5 graus Celsius. Vou continuar monitorando sua condição esta noite," ela informou.

Sebastian permaneceu em silêncio.

"Você teve algum refluxo ácido?"

"Seu estômago ainda dói?"

"Você sente queimação gástrica?"

Sebastian, absorto em seu arquivo, não respondeu, sua postura gélida.

Se ele não falasse, ela não poderia fazer suposições. Após concluir o exame, Brooklyn constatou que Sebastian havia se recuperado muito bem. Ela ofereceu-lhe alguns conselhos.

"Sua hemorragia gástrica foi causada por beber em excesso, então você não pode beber uma gota de álcool no próximo mês.

"Evite alimentos apimentados e gordurosos, e é melhor evitar beber café até que esteja completamente recuperado.

"Não beba leite de estômago vazio, isso causará uma secreção excessiva de ácido gástrico..."

Antes que pudesse terminar, Sebastian já estava olhando para ela. Seu olhar gélido se fixou no dela, deixando-a desconfortável. O tempo parecia congelar, e a pressão atmosférica do quarto despencou.

"Tem mais alguma bobagem para dizer?"

Suas palavras a silenciaram.

Chega de falar? Ele considerava seus conselhos bobagem?

A postura de Sebastian permaneceu tão gélida quanto sempre.

Brooklyn terminou de registrar os resultados dos testes, pensando que tudo parecia bem.

"É isso. Terminei de falar," ela declarou.

Ela realmente não deveria ter se envergonhado assim!

O homem na cama franziu levemente o cenho, pensando, 'Essa mulher só sabe oferecer conselhos médicos oficiais ao marido?'

"Muito bem," ele respondeu, sua voz tingida de sarcasmo.

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